terça-feira, 21 de abril de 2009

Más Línguas

Acabo de sair de um programa de intercâmbio, em que estivemos, pessoal da faculdade, duas semanas com um grupo de holandeses, uma cá e outra na Holanda. (sim, venha o bitaite fácil da erva e da red light district. "Venha vindo..")

Uma coisa que reparei na semana portuguesa - ou melhor, confirmei - foi a falta de habilidade de algumas pessoas que não dominam a lingua inglesa em arranjar uma forma de comunicação alternativa ao português corrente.

Isto parece complicado. MAS NÃO. É tão simples que aflige. Jesus.



Imaginem esta conversa, num café:

Holandês - I would like some coffee please.

Empregado-português-muito-pouco-flexível - Cafézinho?

H - Sorry? Just coffee please.

EPMPF - Some café?

H - Coffee?

EPMPF - Yes.


O que é que se passa aqui? Bom, o homem recusa-se a fazer-se entender. Só pode. Eu quando falo com pessoas, quero que elas me percebam. Mas este empregado não. Confundir clientes, nomeadamente estrangeiros, "ajuda o negócio, já diz o chefe Freitas". Epa..

O mais crasso é em lojas de souvenirs. Para já, ainda antes de entrar na segunda que vi já estava a ficar farto de galos de barcelos. Eles estão em todo o lado e ainda não apanhei o portugalismo inerente ao galo. A única coisa portuguesa que eu associo ao galo é o Ricardo.

Dei com pessoas a não saber falar espanhol em lojas de souvenirs. A falar descaradamente a nossa língua para espanhóis, que apontavam aquilo que queriam comprar, ao que os tugas diziam " Ó minha senhora, quer ver os dedais? ".

Algo me diz que este tipo de pessoas espera por uma resposta. Assim como espera que lhe calhe os 5 próximos euromilhões.




CONCLUSÃO INTELIGENTE: o inglês e outras línguas não tem que ser inserido na primária, mas mais naquele nicho de mercado que são as pessoas a partir dos .. 25 anos??? Meu deus.

4 comentários:

  1. Após ler este post, tenho de vir em defesa do meu povo. Apesar de não dominarem essas linguas estrangeitas os portugueses, focam toda a sua capacidade linguistica para a sua.
    Antes de mais devo realçar a mestria na conjugação verbal, isto é na maior parte dos cafés que frequento, caso caia no erro de dizer "Queria um café", sou logo interrompido de rompante, "Queria ou quer?".
    Por fim, neste mesmo tipo de establecimento o conhecimento gramatical é exímio. Sempre que a sede aperta e peço "... um copo de água..." não saio impune sem ser repreendido, tal qual como se estivesse a falar com Saramago, "Um comde de água, ou um copo com água?"

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  2. Após ler este post, tenho de vir em defesa do meu povo. Apesar de não dominarem essas linguas estrangeitas, os portugueses focam toda a sua capacidade linguistica para a sua.
    Antes de mais devo realçar a mestria na conjugação verbal, isto é na maior parte dos cafés que frequento, caso caia no erro de dizer "Queria um café", sou logo interrompido de rompante, "Queria ou quer?".
    Por fim, neste mesmo tipo de establecimento o conhecimento gramatical é exímio. Sempre que a sede aperta e peço "... um copo de água..." não saio impune sem ser repreendido, tal qual como se estivesse a falar com Saramago, "Um copo de água, ou um copo com água?"

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  3. A frase "O português é traiçoeiro" é claramente adaptável tanto para a lingua como para os nativos. A lei do desenrasca prevalece sempre.

    Desculpa a invasão.

    E parabéns pelo divertido blog.

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  4. Ricardo, o Rei dos Frangos

    "... se tiver que levar com um frango, que seja um frango de primeira!"

    http://www.youtube.com/watch?v=rlB2uMGY1x8

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Cuidadinho com o que escrevem!