terça-feira, 28 de abril de 2009

Viver num camarote

Noutro dia fui à Luz, primeira vez esta época. Um bocado fora de tempo mas pronto.

O bom disto é que consegui bilhetes para o camarote!



Foi tão bom. Aquilo é só vantagens, meus amigos amantes da bola.

Vantagem 1 - Não há filas para entrar no estádio. Sobes umas escadinhas e voilá. Estás na zona dos camarotes. Tão bom.

V2 - Entras e está aquela temperatura agradável. Nem ruído de estádio. Isolamento fukin' rules.

V3 - Snacks e jantar! AH POIS É. "Duarte, vai desejar algo para beber?" Há uma mesa servida com snacks variados, doces e salgados. No intervalo, servem-te jantar. Daqueles para ficares bem servido.

V4 - Não há medo de ir à casa de banho ao intervalo, nem de ir comprar comida. A casa de banho dos camarotes não tem fila, e a comida UPS é a borla e está na mesa.

V5 - Televisão com repetições!!!!



É por estas e outras que adopto a filosofia de querer viver num camarote para sempre, de preferência num de uma empresa alimentar ou de bebidas (obvious). A coisa chata é que só de duas em duas semanas é que vejo o glorioso.






Bom estava a brincar, há desvantagens.

Desvantagem 1 - Não podes chamar nome ao árbitro ou aos adversários. Todos olham para ti chocados com a tua falta de sentido civilizacional.

D2 - É ridiculo tentares começar com os aplausos. NUNCA pega.

D3 - Festejares com as pessoas à tua volta, como acontece em qualquer parte normal do estádio quando o vermelhão marca um golo, é considerado pouco higiénico.

D4 - Calor humano? NOT.


Anyway, foi uma experiência gira. E se o Benfica tivesse perdido, aquele jantar ia compensar-me de qualquer das formas.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Más Línguas

Acabo de sair de um programa de intercâmbio, em que estivemos, pessoal da faculdade, duas semanas com um grupo de holandeses, uma cá e outra na Holanda. (sim, venha o bitaite fácil da erva e da red light district. "Venha vindo..")

Uma coisa que reparei na semana portuguesa - ou melhor, confirmei - foi a falta de habilidade de algumas pessoas que não dominam a lingua inglesa em arranjar uma forma de comunicação alternativa ao português corrente.

Isto parece complicado. MAS NÃO. É tão simples que aflige. Jesus.



Imaginem esta conversa, num café:

Holandês - I would like some coffee please.

Empregado-português-muito-pouco-flexível - Cafézinho?

H - Sorry? Just coffee please.

EPMPF - Some café?

H - Coffee?

EPMPF - Yes.


O que é que se passa aqui? Bom, o homem recusa-se a fazer-se entender. Só pode. Eu quando falo com pessoas, quero que elas me percebam. Mas este empregado não. Confundir clientes, nomeadamente estrangeiros, "ajuda o negócio, já diz o chefe Freitas". Epa..

O mais crasso é em lojas de souvenirs. Para já, ainda antes de entrar na segunda que vi já estava a ficar farto de galos de barcelos. Eles estão em todo o lado e ainda não apanhei o portugalismo inerente ao galo. A única coisa portuguesa que eu associo ao galo é o Ricardo.

Dei com pessoas a não saber falar espanhol em lojas de souvenirs. A falar descaradamente a nossa língua para espanhóis, que apontavam aquilo que queriam comprar, ao que os tugas diziam " Ó minha senhora, quer ver os dedais? ".

Algo me diz que este tipo de pessoas espera por uma resposta. Assim como espera que lhe calhe os 5 próximos euromilhões.




CONCLUSÃO INTELIGENTE: o inglês e outras línguas não tem que ser inserido na primária, mas mais naquele nicho de mercado que são as pessoas a partir dos .. 25 anos??? Meu deus.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sala de Chuto

Ora, o post anterior for, pelo menos, horrível. Vamos lá tentar outra vez.

Noutro dia fui ao bairro alto. Estava tudo a correr normalmente quando à minha frente passa um homem velho com uma mochila. Atrás dele, ia uma mulher que por acaso encosta-se à mochila deste senhor. Ele sente o encosto e deixa a senhora ultrapassá-lo, para depois desferir um certeiro pontapé numa das pernas da senhora, alegando uma tentativa de roubo.

Pormenores da história:

- o senhor tinha um aspecto muito sui generis. A.k.a. sem abrigo.

- aquela mochila, das duas uma, ou tinha alcool, ou tinha alcool. Roubar alcool? Nunca fez sentido.

- a agressão pública de mulheres por parte de homens é um tema espectacular.


A questão principal no meio disto tudo é: se fosse um homem a encostar-se, ele não tinha dado um pontapé, se calhar até tinha ignorado.

CONCLUSÃO: continua a existir discriminação sexual no que toca a agressões públicas. As mulheres são as priviligiadas no que toca a levar safanões. E o país não anda prá frente enquanto formos a cauda da europa neste aspecto.


P.S. - Acho que o Benfica devia ser subsidiado pelo estado. Se representa grande parte do país, então o estado português devia reconhecer o valor desta instituição. Pode ser que a gente assim vá lá..

domingo, 12 de abril de 2009

1º post

O 1º post de qualquer blog é sempre horrível.

Nunca diz nada de especial; eu ia pôr uma daquelas frases para mostrar que sou um tipo que pensa nas coisas da vida, mas pronto.

O 1º post é sempre esquecido quando o blog tem sucesso.

Sou bué optimista, ya.

Este vai ser um blog sobre essencialmente coisas. Sei que a minha vida social vai mudar radicalmente se começar a TER UM BLOGUE que ainda por cima é sobre COISAS.

Vou tentar não abordar temas excitantes e atraentes como o bolchevismo, a guerra civil americana, o Octávio Machado e a "música" dos Polo Norte. Como vêem, fujo aos grandes temas, para tentar marcar a diferença.

Quanto ao titulo do blog, nada tem a ver com o Bruno Aleixo. Promessa de escuteiro.

Este certame bloguistico também não será de revolta contra o Benfica, apesar de achar que eles contra a Académica não tinham a lição estudada.



(...)



Esta piada aparece em 2 de cada 3 jogos que algum clube perde com a briosa. O jogo acabou há umas horas, o trauma permanece.

Espero por vocês aqui meus amigos.