sábado, 22 de agosto de 2009

Sarcasmus, espasmus, org...

(Este post será sem corzinhas ou letras de diferentes tipos e tamanhos, vou testar a qualidade do meu blog sem esses impulsos semi-GLS)


E nesta precisa semana, alguns das pessoas mais próximas a mim começaram o chamado programa erasmus. Já tive e tenho amigos em erasmus, mas agora é diferente, já que neste ano, em fevereiro, farei o mesmo, já não sendo dessa forma uma realidade tão distante.


Muita gente não tem noção mas a nossa vida muda imenso quando temos amigos em erasmus. Ficamos mais cool, mais internacionais. Porquê? É bestialmente bom isto. Olham para ti como um cidadão do mundo só por ter amigos a apanhar bebedeiras internacionais. Ah, e a estudar.


A parte mais gira de erasmus para mim é receber a bolsa. Depois de meses a gastar dinheiro (mal empregue!, pensarão os pais dos emigrantes) recebe-se um cheque bonito. Pimba, dinheiro para a marquise, tão bom. Eu cá quando receber a bolsa - se receber - é TUDO no preto. Teoricamente, nada muda se eu não ganhar a aposta..

Depois há sempre aqueles destemidos que passam um ano inteiro neste lindo programa de intercâmbio! O mais difícil é sem dúvida voltar, é como se de repente todas as televisões passassem a ser a preto e branco, a vida até deve perder cor após o regresso de UM ANO (dios mio) de boa vida.


Ah, e imaginem que o Sr Erasmus de Roterdão não tinha o seu nome neste programa de intercâmbio, mas sim um qualquer navegador português, por causa do início da globalização ou qualquer coisa do género:



- "Epá vou de Vasco da Gama para a Alemanha, aquilo tem um ambiente de Vasco da Gama brutal!!"


- " Parece que não vou ter equivalências de Pedro Álvares Cabral que esperava ter.."


- " A minha bolsa Diogo Cão deu para fazer uma piscina no quarto. "



E bom, para a despedida, queria desejar a todos os meus amigos que vão ou estão em erasmus a melhor das idas ou o melhor dos regressos, ainda que desejar um bom regresso seja parvo, visto que quando vais, não queres voltar, paradoxos à parte. Já estive a pensar e se este maravilhástico blog se aguentar até a minha ida para Itália, irei mantê-lo com o título

"Ciao, vuoi vedere?".

Todo um franchising!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ar puro

Como menino da cidade, estou habituado à mesma, sendo que toda a minha vida é feita aí.

Mas há sempre uma altura peculiar do ano em que tenho que estar, no mínimo, uma semana, numa bonita vila na beira interior. De notar que esta vila não é o deserto. Simplesmente não é a cidade. Lá está, o menino citadino fora do seu habitat, tem sempre comportamentos curiosos!

Contudo, isto todos os anos fica melhor. À medida que o tempo vai passando, deixando eu progressivamente a idade adolescente (ou seja, deixando de ser parvo) e vou-me lembrando de formas melhores de passar o tempo. No portátil, lembrei-me este ano de trazer 40 GB de séries (!!) e paciência para jogar FM2009. Já pensam portanto que tentei trazer a "civilização" à "selva", mas é só uma forma de passar o tempo..

Para os mais sensíveis, não estou a chamar, de todo, selva às vilas e aldeias do nosso Portugal (ok agora sinto-me o Salazar). Aliás, há muita coisa boa por aqui! A melhor delas todas é sem dúvida respirar ar da rua que não venha do trânsito do eixo norte-sul. Depois, é dos poucos sítios onde a abundância de verde não me causa repulsa ou reprovação imediata. Se calhar é porque não há branco misturado..

Além disso:

- Há aqui preços que alcançam níveis bestiais (nunca uso esta palavra)

- Ir ver os amigáveis do Benfica que não têm importância nenhuma mas um gajo vai ver porque tem saudades do campeonato é perfeitamente normal e encorajado, mesmo que seja às 17 da tarde e se esteja muito melhor na piscina

- O facto de eu ir à piscina municipal e só ouvir falar francês faz-me sentir um turista numa pousada rural francesa, trés chique

- Posso dizer boa tarde a toda a gente que passa por mim, sem parecer maluco. Dá-me a sensação que tenho muitos amigos, é muito muito bom para o ego


Desde que não me peçam para ir às couves..